segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Agentes socioeducativos do Cenam voltam ao trabalho e Cenam segundo a Unicef é quase uma Penitenciária.


Os cerca de 140 agentes de medidas socioeducativas do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) retomaram as atividades no último sábado, dia 22. A decisão foi tomada após uma liminar concedida pela desembargadora Marilza Maynard Salgado, que decretou a ilegalidade do movimento e impôs uma multa diária de R$ 15 mil ao sindicato da categoria em caso de descumprimento. O presidente do Sindicato dos Agentes de Medidas Socioeducativas (Sindase), Eziel Oliveira, afirmou que a entidade recorrerá da liminar, apesar de demonstrar abertura para as negociações do governo. Segundo ele, a categoria paralisará as atividades novamente se em 15 dias não houver acordo com a Fundação Renascer, entidade que administra o Cenam. Por outro lado, a secretária de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), Conceição Vieira, assegura que sempre houve diálogo com a categoria. Na manhã da última sexta-feira, 21, a secretária adjunta da Seides, Maria Luci Silva, e representantes de entidades ligadas aos direitos da criança e do adolescente foram ao Cenam para discutir o retorno das atividades dos agentes socioeducativos. De acordo com a assessoria de imprensa da Seides, a relação estava desgastada e precisava de diálogo. Na ocasião, o presidente da Fundação Renascer, Gicelmo Albuquerque, também se reuniu com os agentes para negociar a execução de cursos de capacitação, que devem começar nos próximos dias. Mesmo com o fim da greve, os vigilantes da empresa de segurança privada, contratados pela Seides para substituir os agentes socioeducativos, ainda permanecem trabalhando no local. Segundo a Secretaria, a saída deles acontecerá de maneira gradual.
Opinião – Em artigo publicado no Jornal do Dia de hoje, 24, a jornalista Cássia Santana dedicou espaço para falar sobre a atual situação do Cenam. Segundo ela, apesar dos avanços, as ações do Governo ainda não foram capazes de promover a ressocialização dos adolescentes e a harmonia na relação entre estes e os agentes socioeducativos. Por outro lado, ela aponta que várias alternativas já foram sugeridas nesse sentido pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA) através de audiências públicas, porém, nem todas foram aplicadas de maneira efetiva. Ainda segundo a articulista, mesmo após 19 anos de sua criação, as novas nomenclaturas para o tratamento da criança e do adolescente estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ainda não são utilizadas por grande parte da sociedade. A jornalista destaca que nem mesmo o nome do Centro de Atendimento se adequou aos conceitos introduzidos pelo ECA.
(Jornal da Cidade, p. Capa e Cidades B1; Jornal do Dia, p. Cidades 9, Gabriel Damásio – 22/08; Jornal da Cidade, p. Capa e Cidades B5; Jornal do Dia, p. Política 03, Cássia Santana; Correio de Sergipe, p. Capa e Polícia A7 – 23 e 24/08)
CENAM é considerado quase um presidio segundo Unicef
Órgãos nacionais e estaduais visitaram o Cenam Na manhã de 29/07, representantes do Unicef, Justiça Global, e entidades nacionais e estaduais de defesa dos direitos da criança e do adolescente visitaram o Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), em Aracaju. Durante a tarde, estes mesmos órgãos se reuniram em audiência pública no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para discutir o que foi avaliado na vistoria da unidade. As opiniões de que o Cenam está longe de ser uma referência em medida socioeducativa e de reinserção social dos menores foi unânime.De acordo com o representante do Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Edmundo Ribeiro Kroger, existe muito trabalho a ser feito para transformar o Cenam. “Durante a vistoria, percebemos que está consolidada a visão de um presídio. Os agentes se portam como responsáveis por enjaular pessoas. Não observei nenhuma medida educativa, apenas repressão. É necessário desconstruir tudo, começar o sistema do zero”, afirma Kroger.A representante da Unicef na audiência, Vilma Cabral, concorda com a opinião de Edmundo Kroger e é um pouco mais incisiva. “Só uma penitenciária pode ser pior que o Cenam”, declara. Segundo ela, a secretária de Inclusão Social, Conceição Vieira, garantiu que mudanças serão feitas, principalmente no processo pedagógico da unidade. “Durante reunião com a secretária, fizemos indagações e ela mostrou o já está sendo feito e o que eles pretendem fazer”, diz Vilma.“Eu imaginava que o estado de Sergipe já tivesse superado esses problemas. O que se vê no Cenam é uma violação grave dos direitos humanos. Está tudo errado, falta humanização”, declara Vilma Cabral. Ainda segundo ela, a Unicef voltará a inspecionar o Cenam em quatro meses para constatar as mudanças prometidas pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides).O país não tem outra unidade na qual o Cenam possa se espelhar. É o que afirma o representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Djalma Costa. Segundo ele, apenas o estado de Pernambuco possui um modelo embrionário de um sistema socioeducativo aceitável. “Pedimos aos estados e municípios que sigam as diretrizes do Sistema de Atendimento Socioeducativo (Sinase), ao implementar seus próprios modelos”, afirma Djalma.Um dos maiores problemas notados pelo conselheiro é a superlotação na unidade. Para ele, “é necessário que o judiciário reveja os processos dos meninos para desafogar aquela unidade”.O Plano de Gestão Compartilhada do Cenam, criado em 2007, também foi avaliado durante a audiência pública. Para a deputada Ana Lúcia (PT), da frente parlamentar dos direitos da criança e do adolescente, diz que o Estado já possui um plano de gestão eficiente, mas que ainda não saiu do papel. Ela, que já atuou à frente da Seides, diz que muitas das diretrizes do atual projeto foram indicados durante sua gestão.Já para a representante da OAB no Conanda, Glícia Salmeiron, é necessário tirar a responsabilidade pelas unidades apenas do Estado. “Cada município deve ser responsável por suas unidades de cumprimento das medidas socioeducativas”, acredita Glícia Salmeron.Por Helmo Goes e Carla SousaInfonet

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade


A Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade nasce como parte da criação de um curso de Mestrado Profissional sobre Adolescentes em conflito com a lei na Universidade Bandeirante Brasil (UNIBAN). As motivações para criação deste periódico são os graves e constantes problemas presentes na rede de atenção ao adolescente em conflito com a lei, os quais vêm à tona ao grande público sob a forma de conflitos abertos: rebeliões, motins e outras situações que se configuram como graves violações de Direitos Humanos contra os adolescentes. Não menos importante é a discussão, bastante atual, em torno da problemática relação entre a adolescência e a criminalidade urbana, questão polêmica que suscita distintas propostas sem que se atinja um consenso e se produzam práticas eficazes. Neste cenário, cabe destacar o movimento de municipalização das medidas sócio-educativas em meio aberto o que, também, não tem sido feito sem problemas, entraves e resistências.

A idéia de criar uma revista acadêmica, em formato eletrônico, especializada em questões relacionadas à adolescência e seus múltiplos conflitos, surgiu a partir da constatação de que faltam periódicos especializados no Brasil, particularmente quando consideramos a temática da adolescência em conflito com a lei. Com o objetivo de ajudar a suprir esta lacuna o setor de pós-graduação da UNIBAN propõe a criação da Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade, um periódico que tem por objetivo publicar de forma regular a produção acadêmica nacional e internacional sobre situações que se configuram como conflitos socialmente percebidos em torno da adolescência. Este periódico se propõe ser um veículo de produção acadêmica, voltado, portanto, à publicação de artigos científicos com forte embasamento teórico e reconhecido rigor metodológico.


terça-feira, 18 de agosto de 2009

A greve no CENAM: panorama do sistema socioeducativo no Brasil.

Olá senhoras e senhores,

Sabe o que me entristece mais? Não é o fato de haver greve do pessoal que se diz da "segurança" do CENAM e todas as complicações que isso causa, mas sim o fato de que isto está longe de ser um caso raro e isolado no Brasil.
Uma coisa eu aprendi estando cerca de três anos convivendo com profissionais de medida socioeducativa de internação aqui do DF e da Colômbia: Os adolescentes em um sistema de internação são também reflexos diretos das ações e não-ações dos funcionários que os cuidam. Da mesma forma, num imenso equivoco de comportamento técnico-profissional, esses mesmos funcionários que deveriam ser exemplos de um verdadeiro apoio socioeducativo, utilizam do igual artifício dos adolescentes: tentam ser eles vítimas de um "sistema"e não compreendem algo mais profundo em suas ações e não-ações.
Ora, não os culpo, mas devo falar a verdade, pois muitos dos que trabalham com adolescentes em conflito com a lei, tanto faz se tem ensino superior ou médio, por pouco, mas pouco mesmo, nas suas histórias de vida, não se tornaram tão vulneráveis quanto aqueles que eles próprios atendem. Muitos escaparam de uma vida marginalizada, e obviamente sendo muito objetivo na minha análise, essas pessoas não possuem um arcabouço psicológico e social capaz de exercer trabalho de intervenção com esses adolescentes e suas famílias. Conheço um psicólogo que diria o seguinte: "A maioria deles (profissionais em medida socioeducativa) possuem muitas gestalts abertas, por causa de uma vida conturbada e cheia de riscos e vulnerabilidades, e que ainda aprenderam a duras penas fazer das suas próprias fraquezas, forças."
Somando a essa fragilidade do corpo técnico-administrativo, ainda temos um quadro de baixos salários, salários vergonhosos, que por vezes fortalece a própria situação de vulnerabilidade e risco desses trabalhadores. Mas sejamos lógicos: MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS NÃO DÃO VOTOS PARA POLÍTICOS. Nenhum presidente, governador, prefeito, deputado ou vereador ganha uma eleição com uma base eleitoral feita de propostas para melhorar o sistema socioeducativo. Nós estamos falando de uma população de cerca de 0,1% se colocarmos ela dentro do sistema carcerário. 0,1% não elege ninguém. O problema é q esse 0,1% são vidas.
Que devemos lutar por salários melhores na socioeducação, sim devemos, mas não vejo ninguém fazendo greve para reinvindicando melhorias no atendimento psico-socio-terapêutico em semi-liberdade, LA ou na Internação. Até quando iremos nos convencer de que dar oficinas de pobre para pobre é melhorar o sistema socioeducativo? Até quando iremos nos enganar em pensar que não existe um CDCA que não tenha seus digirentes e participantes atolados de favores políticos, que simplesmente negam autorização às instituições que possuem projetos socioeducativos competentes mas que não pagam a devida propina para o Conselho e seus comparças? Até quando devemos aceitar pessoas do governo incapazes de gerirem qualquer sistema socioeducativo? Até quando vamos aceitar que no final das contas, quem sai morto de dentro dessas unidades seja a maior vítima de todas: o adolescente?
Ah, antes de pensarmos sobre a questão, segue a matéria do Correio Braziliense, aqui do DF, sobre a morte de um adolescente do CAJE neste final de semana, é só assistir o vídeo:http://www.correioweb.com.br/tvbrasilia/index.htm?id=3000

Até mais

Noticias - CENAM


Caros colegas estamos acompanhando a situação lamentável de nossos companheiros de luta do CENAM em sergipe.
O que vocês acham do caso? acompanhem o caso pela internet e opinem...

17/08/2009

PM desrespeita o ECA e entra no Cenam

Na tarde da última sexta-feira, 14, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Sergipe (PM) entraram armados no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) por conta da paralisação, por tempo indeterminado, dos 140 agentes de medidas socioeducativas das unidades, que reivindicam melhores condições salariais e de trabalho. A entrada dos policiais no Cenam está em desacordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que proíbe a presença da polícia nas unidades de atendimento ao adolescente em conflito com a lei. O ingresso militar somente é tolerado pelo ECA para conter rebeliões, o que segundo a polícia e os agentes socioeducativos, não ocorreu. Para o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), o advogado Thiago Oliveira, a greve dos agentes não é motivo para que a PM se mantenha dentro das unidades. Segundo o comandante de Policiamento da Capital, coronel Maurício Yunes, um grupo de policiais militares voltou ao Cenam na manhã de sábado, 15, para fazer a revista dos adolescentes, o que para Thiago Oliveira pode ser uma forma de a PM permanecer dentro das unidades. “Eles têm que fazer o policiamento externo e ingressar somente em caso de rebelião para garantir a ordem. Ficar lá dentro diuturnamente, não pode”, protesta. O coronel Yunes alega que a PM entrou nas unidades para manter a ordem; verificar se tinha algum objeto e para que os professores que atuam na unidade pudessem voltar às atividades normalmente. Quanto ao uso das armas, o comandante disse que estão sendo utilizados armamentos não letais e que os revólveres que estão com os policiais têm autorização para serem usados. De acordo com o presidente da Associação dos Agentes de Medidas Socioeducativas, Eziel Oliveira, a greve mantém o efetivo mínimo de 30% e a categoria está fazendo plantões na porta das unidades desde sexta-feira, 14. O presidente da Fundação Renascer, Gicelmo Albuquerque, garantiu que as visitas aos adolescentes serão mantidas. Os agentes de medidas socioeducativas irão hoje, 17, à Assembleia Legislativa para pedir o apoio dos deputados e depois seguem para a Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), a qual estão subordinados. Eles pretendem manter a paralisação até que o Governo do Estado convide os representantes da categoria para negociar.
Reajuste salarial – Os agentes de medidas socioeducativas reivindicam aumento salarial de 47% para o ano base de 2010. O argumento é que há uma disparidade muito grande entre os salários dos agentes socioeducativos e de outros funcionários que cuidam da segurança, a exemplo dos policiais civis e militares.
Opinião – O editorial do Correio de Sergipe de sábado, 15, também versa sobre a greve dos agentes socioeducativos do Cenam. Segundo o Jornal, é preciso que o governo do Estado, através da Seides, tome providências para entrar em um acordo com os agentes.
(Jornal da Cidade, p. Capa e Cidades B2, Antonio Carlos Garcia; Correio de Sergipe, p. Capa e Polícia A7; p. Capa e Opinião A2 – 15/08; Jornal da Cidade, p. Cidades B5, Célia Silva; Correio de Sergipe, p. Geral A7 – 16 e 17/08)


18/08/2009

Justiça decidirá sobre greve dos agentes socioeducativos do Cenam

As medidas socioeducativas no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) estão suspensas desde a última sexta-feira, 14, por conta da paralisação dos agentes das unidades. Para o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Thiago Oliveira, os adolescentes em conflito com a lei são os maiores prejudicados com a greve. Ele argumenta que as medidas socioeducativas não podem ser interrompidas em função da paralisação e que o efetivo mínimo exigido, de 30%, não está assegurando a realização de medidas socioeducativas neste período de greve. Em relação às negociações, as lideranças do Sindicato dos Agentes Socioeducativos se recusam a entrar em acordo por meio da Fundação Renascer, entidade que administra o Cenam. Eles alegam que a fundação não tem legitimidade para tratar dos salários e que a reivindicação só pode ser atendida diretamente pelo Poder Executivo. Por essa razão, a classe pretende dar continuidade ao movimento por tempo indeterminado, até que o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) apresente uma proposta. Para dar celeridade às negociações, ontem, 17, a desembargadora Marilza Maynard, que aprecia ação judicial movida pela Fundação Renascer, solicitando a ilegalidade do movimento grevista, concedeu prazo de 24 horas para que a classe comprove, através de documentos, que a Renascer e o Governo do Estado não disponibilizaram os canais para as negociações salariais. Na ação, a Fundação diz que houve precipitação por parte dos agentes e que os canais de negociação permanecem abertos. A entidade alega ainda que a paralisação coloca em risco o funcionamento das unidades em virtude da sua complexidade técnica e organizacional, uma vez que se trata de um serviço essencial, que não pode ter suas atividades paralisadas.
ECA – De acordo com o vice-presidente da Associação dos Agentes de Segurança e Medidas Socioeducativas, Carlos Alberto Santos Melo, a administração do Cenam descumpre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), principalmente no que concerne à oferta de um atendimento personalizado, em pequenas unidades e com grupos reduzidos; de um vestuário e alimentação adequada à faixa etária dos adolescentes; além de atendimento médico, odontológico, psicológico e farmacêutico.
(Jornal do Dia - SE, p. Capa e Cidades 08, Cássia Santana; Jornal da Cidade, p. Capa e Cidades B1; Correio de Sergipe, p. Capa e Geral A4 – 18/08)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Campanha colhe assinaturas contra a redução da idade penal.


Proposta de emenda à constituição que prevê redução da maioridade penal de 18 para 16 anos está prestes a ser votada no Senado

A Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP) lançou uma campanha nacional de coleta de assinaturas contra a proposta que está em tramitação no Senado de reduzir a idade penal de 18 para 16 anos. A iniciativa está sendo realizada em parceria com outras organizações e movimentos de defesa dos direitos da criança e do adolescente, como o Núcleo da Criança e do Adolescente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (NCA/PUC-SP) e a Associação de Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente (NECA).

A mobilização teve início no 19º aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente, quando coordenadores da Associação promoveram atos públicos nas assembléias legislativas de seis estados: Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Nestes atos, um manifesto público redigido pela ABMP foi lido e assinado pelos presentes. O documento explicita os motivos que levam a Associação a assumir posição contrária à proposta e a afronta que ela representa à democracia. Com o apoio de organizações e cidadãos, a ABMP lança a proposição de que o manifesto contra a redução da idade penal ganhe repercussão nacional e que as assinaturas coletadas sejam encaminhadas aos senadores.

Para participar do abaixo assinado, basta enviar um email contendo dados como nome, CPF e/ou RG, atividade, cidade e Estado para http://br.mc573.mail.yahoo.com/mc/compose?to=assine@abmp.org.br. Aqueles que desejam contribuir com a coleta das assinaturas dos que não possuem acesso à internet têm a opção de imprimir o manifesto, disponível no site http://www.abmp.org.br/, e encaminhá-lo via correios para a secretaria executiva da Associação na Rua Boa Vista, nº 76, 5º andar. Centro - São Paulo - SP. CEP: 01014-000. Ambas as formas de assinatura apresentam a mesma validade e cada cidadão pode assinar apenas uma vez.

Agenda
O que: Campanha colhe assinaturas contra a redução da idade penal
Onde: Por email para http://br.mc573.mail.yahoo.com/mc/compose?to=assine@abmp.org.br ou por correios para a Rua Boa Vista, nº 76, 5º andar. Centro - São Paulo - SP. CEP: 01014-000

Contatos:

Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude
Eliziane Lara, assessora de comunicação
Tel.: (31) 3482-0217

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um abraço aos nossos Seguidores.

Queria mandar um abraço para todos aqueles que se aventuraram em ler esse blog, por qualquer razão. Abraço especial a Erika Pessanha, Ana Paula Antunes, Yimmi Quibano, Alexandra Rocha, Fábio dos Anjos e Heron Nogueira.

Cada uma dessas pessoas fazem ou fizeram parte de nossas caminhadas socioeducativas. Continuem firme em qualquer empreitada na vida de vocês, pois como diz um grande amigo meu: "A destruição é relativa, mas a construção é absoluta."

Fortes abraços

domingo, 9 de agosto de 2009

Imprensa e Sistema Socioeducativo: incompatibilidades de preceitos.

Olá senhoras e senhores,

Estive fora um tempo, já até havia esquecido a senha do blog (heheheh), mas esse tempo que me dei foi providencial. Enfim, o fato é que voltei de minha férias forçadas e chego com um blog cheio de novidades - pelo jeito minha amiga Sabrina é uma fortaleza inabalável - e com notícias de uma "rebelião" numa unidade do sistema socioeducativo de Sergipe.

Bem, vocês já perceberam que quando numa avenida ou numa rua qualquer carro bate no outro ou alguém é atropelado, praticamente todos, mas praticamente todos mesmo, que passam pelo local querem olhar a tragédia, não com o ar de preocupados ou tanto altruístas, mas simplesmente pelo prazer inenarrável da alma humana de saciar a curiosidade. Daí aparecem aqueles que passam bem devagar com o carro para olhar mais de perto o acontecido piorando a já péssima fila de carros que foram formadas pelo engarrafamento; as pessoas dentro dos ônibus se levantam, comentam e fazem gestos entre elas; e há também aqueles que num lampejo tecnológico, ainda tiram fotos para quardarem de recordação.

Não cabe aqui eu avaliar esse fato do cotidiano numa perspectiva moral, deixo isso pra vcs, mas cabe aqui uma analogia: A imprensa, seja ela qual for, elabora essa prática da curiosidade da tragédia com o Sistema Socioeducativo. A mesma coisa. Ela só olha, faz gestos ou até mesmo denuncia apenas quando alguma coisa fora do normal acontece. E no Sistema Socioeducativo essa "coisa fora do normal" para a imprensa sempre se resume em três palavras: violência e adolescentes.

Esse comportamento midiático fica mais acentuado quando se trata de Internação de Adolescentes em Conflito com a Lei. Faço o desafio para vocês: entrem no site das principais emissoras de televisão e dos principais jornais dos Estados de vocês e comprovem o que esse humilde blog está escrevendo. Eu fiz isso aqui em Brasília, fui no sítio do Correio Brasiliense, principal jornal de Brasília, e digitei "Adolescentes Internação", depois "Adolescentes em Conflito com a Lei", depois "Menor Infrator". Resultado? Foram o total de 286 notícias, desde quando começaram com o jornal na internete. Dessas 286 notícias 201 possuim um caráter de denuncia ou informações sobre rebeliões, mortes de adolescentes e atos infracionais cometidos por eles. As outras eram todas para dar espaço para VIJ ou outros órgãos responsáveis pelo atendimento da Criança e Adolescente no DF, sem grandes aprofundamentos das questões (como de praxe).

Não, não! Não pensem mal de mim, jornalistas de plantão. Defendo amplamente o direito constitucional de expressar o que pensamos. Entretanto, faço a vocês as seguintes perguntas: porque encanta tanto o desastre das Medidas Socioeducativas? Porque é interessante falar de rebelião e não dar espaço para aqueles que trabalham dedicadamente e de forma correta com essas mesmas Medidas? Vocês já pensaram quais são as idéias formadas pelas pessoas que pouco entendem sobre o atendimento a adolescentes em conflito com a lei fazem ouvindo e lendo essas notícias? Será que simplesmente o caráter denunciativo das notícias criará novas demandas sobre esse assunto para os profissionais e a sociedade em geral?

É, no mais, espero que nossos colegas profissionais da unidade de Sergipe tenham gana e força para recomeçar depois de tanta peleia e que principalmente esses mesmos profissionais saibam lutar pelos seus direitos trabalhistas sem parar de pensar nas necessidades da população por eles atendida.

Walter Gomes

domingo, 2 de agosto de 2009

CONVITE - III SEMINÀRIO ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI


São Paulo, 01 de agosto de 2009


CONVITE



Prezado(a) Senhor(a)

Em continuidade às atividades do curso de Mestrado profissional Adolescente em Conflito com a lei da UNIBAN vimos, por meio desta, convidá-lo para participar do “III SEMINÁRIO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI" realizado nos dias 14 e 15 de agosto, na UNINAN campus Marte.

O Curso de Mestrado Profissional Adolescente em Conflito com a Lei tem tido um aumento considerável na sua procura, por oferecer uma formação diferenciada nos aspectos teóricos e práticos, para atender às demandas e desafios na atenção aos adolescentes e jovens em conflito com a lei. O Curso conta hoje com o total de 43 mestrandos.

O caráter inovador, marcado por uma abordagem interdisciplinar e com profissionais advindos de diversas áreas do conhecimento, nos remete ao desafio de assegurar uma convergência de objetivos frente à complexa tarefa de contribuir com a sociedade na busca de soluções para as demandas da área do adolescente autor de ato infracional.


Contamos com a sua presença para enriquecer os debates.
Solicitamos seu apoio no repasse deste convite para as pessoas de seu relacionamento (amigos, companheiros de trabalho e luta, listas de e-mails, etc.). Não há limite de inscrições e a participação é gratuita.


Cordiais saudações,



Profa. Dra. Maria de Lourdes Trassi Teixeira
Coordenadora do MP Adolescente em Conflito com a Lei
Universidade Bandeirante de São Paulo

Mestrado Profissional Adolescente em Conflito com a Lei
UNIBAN BRASIL
Campus-MR
Telefone: 55 0xx11 2972-9047
http://www.uniban.br/